A história das termas de Longroiva é comum à maior parte das histórias das estâncias termais portuguesas. A medicina rudimentar praticada durante muitos séculos – uma medicina de adivinhamento e de características xamanísticas – fez das nascentes de água termal uma das prescrições mais recomendadas.

O Hotel de Longroiva surge com a necessidade de potenciar e rentabilizar os recém-construídos balneários, um investimento público avultado, carecido de uma unidade hoteleira capaz de acolher os usufrutuários das termas. Composto por um edifício principal, resultante da recuperação do edifício original de final de séc. XIX, de uma linha de suites sobre a escarpa e de bungalows a tardoz, a primeira sensação que temos é a de contemplarmos as típicas linhas de videira do Alto Douro, zona com a qual, aliás, Longroiva faz fronteira. A carreira de quartos, incrustados na escarpa, desfaz habilmente o peso que uma construção sobre a encosta teria tendência a imprimir no olhar.

Os bungalows, encimando os quartos, evitam recortar agressivamente a paisagem recorrendo aos materiais usados – a madeira – e à cor escolhida – um castanho carregado, tom de chocolate. Os muros, que orientam e delimitam os diversos espaços, são de xisto, um material autóctone, e pontuam de forma equilibrada as relações entre os diversos materiais. O resultado a que assistimos é o de uma feliz cumplicidade entre escarpa e construção, entre espaço disponível e espaço reclamado, entre geografia e arquitectura.

A piscina, que recebe as águas termais quentes que geram igualmente calor e energia para todo o hotel, pode ser utilizada até no inverno e sob rigorosas temperaturas exteriores.

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